Número de Mensagens : 59 Pontos : 165 Data de inscrição : 27/02/2010 Idade : 55 Localização : Rio de Janeiro
Assunto: Battlefield 2142: Northern Strike para Computador Dom Mar 14, 2010 3:45 pm
Nem ao menos meio ano se passou, e a expansão do revigorado Battlefield 2 já estava nos planos da EA. Seja pela concorrência ou não, o game que abre o conteúdo do popularíssimo BF 2 veio com a premissa de - e como diz o próprio nome - expandir a diversão de um game que já estava entre os mais jogados do Gamespy, a ferramenta mais famosa que concentra batalhas multiplayer online. Com alguns incrementos adicionais, mas mantendo a essência da saga deste título, Battlefield 2: Special Forces não veio para inovar o mercado de FPS multijogadores, mas apenas cumprir a missão de aperfeiçoar os pontos de seu antecessor.
Jogabilidade:
Se por um lado a Digital Illusions manteve a mesma ação que o título original apresentou, por outro esta expansão herdou os mesmos defeitos de forma idêntica, incluindo o pior e incorrigível deles: a demora. A eterna espera para carregar um cenário, parece não ter fim e lhe força a aguardar algo em torno de três e cinco fatídicos minutos. Independente do modo que se jogue (single ou multiplayer), até mesmo se aventurar com os BOTs demanda tempo, e a paciência se esgota caso você sem querer deseja alterar uma opção nos gráficos, obrigatoriamente deve abandonar a partida, reiniciar o jogo, e aguardar mais intermináveis minutos para iniciar um novo cenário. Para quem dispõe de tempo, isso pode nem vir a incomodar, diferente daqueles que não agüentam de ansiedade ou realmente são impacientes.
Logo de cara é possível notar que o principal destaque nesta expansão são os novos exércitos Inglês, Russo e o fictício formado pela força dos rebelados e insurgentes, que se juntam aos três do game original - EUA, China e Oriente Médio. Os exércitos adicionais abriram espaço para uma série de itens, equipamentos e veículos inéditos, como vamos ressaltar a seguir, mas não trouxeram algo de melhor para o fraco modo para se disputar contra o computador no game original. Assim, as partidas em single-player servem quase que unicamente para se conhecer um pouco dos mapas, pois para jogar mesmo não há nada comparável a se disputar contra jogadores reais.
Levando o quesito ao pé-da-letra, os comandos permanecem iguais, práticos e fáceis de organizar um grupo, bem como comandá-los. As novidades estão em oito mapas inéditos, e nos apetrechos que agora todas as facções possuem, incluindo em seu arsenal um gancho que permite o jogador se dependurar entre edifícios e qualquer outro objeto que necessite ser atravessado, fazendo do topo de casas ou prédios excelentes pontos de estratégia. A boa física também propicia este tipo de ação, e escalar torna o cenário mais seu amigo do que o contrário, considerando que eles ainda continuam vastos e quilométricos. Do lado oposto, você pode descer rapidamente usando Zipline, uma corda suspensa atirada por uma besta que evita o esborracho ao chão, o traz descendo de grandes alturas de forma rápida e segura. Outro gadget muito útil aderido foi a visão noturna, favorecendo as batalhas pela noite e um tanto quanto mais cautelosas; ao ativar este tipo de visão, não é aconselhável disparar centenas de tiros ou encher o inimigo de granadas, pois a claridade das explosões ou pólvoras atrapalham a nitidez.
O armamento fora levemente aprimorado com a vinda de novas facções, trazendo armas verídicas para cada grupo, mas mantendo a mesma classe de personagem (médico, engenheiro, fuzileiro, anti-tanque, etc.). Novidade mesmo são as granadas de Flash e a de Lacrimogêneo, ambas para atordoar e prejudicar por alguns segundos a vista de seu inimigo. Para não ser alvo deste efeito, pelo menos do Lacrimogêneo, existe uma Máscara de Gás à prontidão para que você não seja assassinado por este tipo de "trapaça".
Quem também ganhou novos companheiros foram os veículos, agora ao lado dos imponentes helicópteros Apache Longbow e do MI-35, da veloz moto 4x4 ATV e de um versátil Jet Ski. Eles sem dúvidas são determinantes no êxito de sua equipe, uma vez que somente com seu uso é possível chegar nos pontos de interesse o mais rápido possível, sem mencionar o poderio de sua munição, que apenas temem a artilharia fixa nas bases de cada grupo. É verdade também que, deixar um Bot comandar uma destas máquinas realmente não traduz muito realismo, pois mesmo que ele se esforce, algumas aterrissagens desastrosas acontecem, como se o seu personagem sentado no banco de trás fosse descartável; o que de fato, é.
No geral, as mudanças não se mostraram tão expressivas como se pensava. Talvez o intuito maior foi realmente trazer novos cenários, acessórios e veículos exatamente para uma extensão no entretenimento, pois Battlefield é basicamente isso: conecte-se, mate, morra, e desconecte-se. O que ainda conta muito é sua reputação, que pode ser vinculada ao antigo histórico de BF 2, tratando o ranking do site como o maior troféu para o jogador, considerando que não existe história, muito menos um final neste tipo de game.
Quem teimar em jogar com os Bots pode perceber que a IA ficou um pouco mais refinada, mas ainda falta muita coisa para torná-la realmente interessante. A limitação de mapas para até 16 jogadores, não ter opção para se escolher qual time se vai jogar, assim como outros detalhes menos visíveis, continuam sendo alguns dos principais pontos em que BF2: Special Forces fica devendo para se jogar em single-player.
Áudio:
Tão ensurdecedor quanto o jogo que o originou, Special Forces traz os mesmos efeitos estrondosos e explosivos, numa sonoplastia rica e bem elaborada. A música-tema, um estereótipo de McGyver com Rambo, é sua melhor companhia na tela de Load de cada fase, e certamente entrará no seu consciente; ela é a única disponível para este momento de reflexão. As demais músicas apenas ambientam a ação, e cumprem com certo êxito o seu papel. A novidade fica por conta de novas falas nos comandos de formação, como atacar, recuar e ordens do gênero, que dublado em outras línguas devido a outras nacionalidades, climatizam bem o cenário de guerra.
Multiplayer:
Se você quiser desfrutar do que há de melhor no mundo online, esperar novamente também será preciso; um patch de nada menos que 280 megas é necessário para corrigir alguns bugs e atualizar a versão original do jogo. Se você quiser optar por não instalá-lo, é completamente possível rodá-lo no multiplayer, porém 99% dos jogadores e servidores disponíveis já o utilizam, e você não conseguirá interagir a antiga versão com a nova, o que também lhe obriga a fazer o mesmo para não ficar na solidão.
No multiplayer, nada de novidades: os mesmos modos de batalha, o mesmo suporte para até 32 participantes (via rede) ou 64 nas partidas online, e a mesma espera eterna para cada partida a ser começada, dando a sensação que enquanto você aguarda, os demais usuários já estão destruindo meio mundo e acumulando pontos. O interessante é que em Special Forces, está tornando-se a preferência os cenários com batalhas pela noite, aproveitando o uso da novíssima visão noturna. Já é possível encontrar alguns servidores brasileiros, mas ainda sim a popularidade dos internacionais prevalece, apresentando uma taxa de lag aceitável e nada comprometedora.
Gráficos:
Não se diferenciando muito dos demais quesitos, os gráficos continuam tão soberbos quanto os vistos em BF 2, mas também não acrescem nada mais. O visual traz novas paisagens, e ainda encantam pelos efeitos de luz e sombras impecáveis, assim como o reflexo da água beirando o realismo. A novidade fica nos cenários noturnos, que se iluminam muitas vezes pelos rastros dos tiros ou bombas que explodem em determinado ponto, e que podem ser vistos de muito longe.
O preço do visual é exatamente o mesmo do Battlefield 2, um PC de ponta que agüente o responsável por tanta espera. É notável que Special Forces é um game de elite na questão multiplayer, e desfrutá-lo exige um alto investimento que passa a ser injustificável.
Conclusão:
Nada muito longe do que foi visto há menos de seis meses, Battlefield 2: Special Forces atua como uma genuína expansão, e aumenta a recreação de seu titulo original. Seus incrementos dão um pouco mais de sobrevida a este game, que já é um dos mais populares no âmbito online, e tende a crescer ainda mais. O grande problema herdado por BF2, e que não haveria como alterá-lo, é a espera exagerada para cada início de partida, resultado da própria engine extremamente pesada, e seu limitado modo solo para jogar contra o computador, que nem permite se escolher o lado. Não fosse as falhas herdadas e que certamente compromete a opinião do jogador, a expansão mereceria uma nota tão boa quanto o game original. Mas para quem tem tempo de sobra, ou gosta de um jogo que traduza a arte do FPS multijogador, BF2: Special Forces não deixa a desejar em nada, garantindo a continuidade do sucesso da série por mais alguns meses.
Requisitos Mínimos Processador: Pentium IV 1.7 GHz ou Athlon equivalente Velocidade do processador: 1.7 GHz Memória RAM: 512 MB Memória de vídeo: 256 MB Direct3D: Sim Versão do DirectX: 9.0c Sistemas Operacionas: Windows XP Espaço: 2.2 GB livres em disco
Requisitos Recomendados Processador: Pentium IV 3 GHz ou Athlon equivalente Velocidade do processador: 3 GHz Memória RAM: 1.5 GB Memória de vídeo: 256 MB Direct3D: Sim Rasterization: Sim Versão do DirectX: 9.0c Espaço: 2.2 GB livres em disco Outros: Pixel shader 2.0